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A Inseminação Intra-Uterina (IIU), também conhecida por inseminação artificial, consiste na deposição de espermatozoides no interior da cavidade uterina por meio de um cateter apropriado que consiste num tubo pequeno e flexível carregado com espermatozoides previamente selecionados e tratados.

Trata-se de um processo rápido, que envolve poucos minutos, e após a inseminação a mulher deve repousar durante um breve período. Pouco depois, poderá retomar a sua vida normal. Nos casos em que o esperma utilizado na IIU é do elemento masculino do casal, a recolha ocorre normalmente no próprio dia da inseminação. Quando isto não é possível, o esperma pode ser previamente congelado e a descongelação realizada no dia da inseminação. Nas situações em que se utiliza esperma de dador, a descongelação é igualmente feita no próprio dia.

É um tratamento de fertilidade que pode ser realizado quer em ciclos estimulados, quando a mulher toma medicamentos indutores da ovulação ou em ciclos naturais ou não estimulados de ovulação.

A inseminação artificial deve ser feita quando há ovulação (libertação de um ovócito pelo ovário), de modo a aumentar a probabilidade de ocorrer fecundação.

A Inseminação Artificial Intrauterina é um excelente tratamento de fertilidade, considerado como um tratamento de primeira linha, sendo mais indicado nos casos de bom prognóstico de gravidez e em mulheres com menos de 35 anos.

Para que o tratamento tenha sucesso temos que avaliar dois pré-requisitos:

    1. Ao menos uma das trompas de falópio deve ser permeável para verificarmos a possibilidade de realização de uma histerossalpingografia, um exame de avalição da Infertilidade que consiste numa radiografia do colo do útero, da cavidade uterina e das trompas de Falópio.

    2. A qualidade do sémen deve cumprir parâmetros mínimos de concentração superiores a 3 milhões de espermatozoides móveis, depois da sua preparação em laboratório.

O tratamento de inseminação artificial é feito em três fases:

Primeiro é feita a estimulação dos ovários com hormônios para indução da ovulação, depois a preparação do sémen e pôr fim a inseminação. O último passo consiste na colocação de uma amostra de espermatozoides, preparada previamente no laboratório, no interior do útero da mulher, numa determinada fase do ciclo menstrual. Esse procedimento é realizado em uma consulta e dura cerca de 10 a 20 minutos. Uma vez realizado o tratamento, depois de aproximadamente duas semanas, faz-se o teste de gravidez.


PASSO A PASSO DA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL INTRAUTERINA: 

Estimulação ovárica e indução da ovulação:

Este procedimento é necessário para aumentar as possibilidades de sucesso, uma vez que de forma natural a mulher só produz um folículo em cada ciclo menstrual. Além disso, é necessário que pelo menos uma das trompas seja permeável. Esta fase dura cerca de 10-12 dias. Durante este período são realizadas 3 a 4 ecografias, e, quando necessário, é analisado o nível de estradiol no sangue para verificar que o crescimento e a evolução dos folículos se encontram dentro da normalidade. Quando estes atingirem a quantidade e tamanho adequados programa-se a inseminação artificial para cerca de 36 horas após a administração de uma injeção hCG que induz a maturação ovárica e a ovulação.

Preparação do sémen

A preparação do sémen na Inseminação Intrauterina consiste em selecionar e concentrar os espermatozoides com melhor mobilidade. Para isso, processam-se as amostras através de técnicas de capacitação ou preparação de sémen que permite eliminar espermatozoides mortos, imóveis ou lentos e otimizar a qualidade da amostra utilizada para a inseminação. Nesta fase de preparação do esperma é efetuada a descongelação da respetiva amostra.

Inseminação Artificial Intrauterina

A Inseminação Artificial Intrauterina realiza-se após a indução da ovulação. Primeiro coloca-se um espéculo, e depois introduz-se a cânula através do colo uterino, para ser introduzida a amostra de esperma no interior do útero. Esse procedimento é minimamente invasivo e não requer sedação, porém, ele depende do estado das trompas de falópio, da idade da paciente e da qualidade do sémen.

Inseminação Artificial Intrauterina Natura e Estimulada

• Nos ciclos naturais ou não estimulados, a inseminação é realizada entre o 12º e o 15º dias do ciclo menstrual (em que o primeiro é o dia em que aparece o fluxo menstrual), podendo ser necessária a realização de análises do sangue e/ou ecografias para ajudar a determinar o momento em que ocorre a ovulação.

• Nos ciclos estimulados, a mulher é tratada com medicamentos indutores da ovulação e o desenvolvimento dos ovócitos é controlado através da realização periódica de ecografias. Quando o ovócito atinge o nível de amadurecimento adequado, é administrada uma injeção que ajuda à sua libertação do ovário. Nestes casos, a inseminação deve ser feita 36 a 40 horas mais tarde.

A INSEMINAÇÃO INTRAUTERINA É ACONSELHADA QUANDO EXISTEM OS SEGUINTES PROBLEMAS:

  • Problemas de ejaculação (anatómicos, psicológicos ou de origem nervosa);
  • Alterações do esperma (variações em relação aos valores normais de concentração ou mobilidade);
  • Situações em que os espermatozoides são imobilizados pelo muco cervical da mulher (que por vezes é demasiado espesso);
  • Casos em que o organismo da mulher produz anticorpos que destroem os espermatozoides;
  • Infertilidade inexplicada
  • Casos em que é necessário recorrer a esperma de dador.

Dra. Fabiana Antonello Bersch – Ginecologista Obstetra – CRM/MT 3751
Especializada em Reprodução Assistida e Estética Genital Feminina (Cosmetoginecologia)
Rua Santo André, 515 – Primavera do Leste – Mato Grosso – MT